A crítica taxou a comédia de indigesta e difícil. Não era por menos, já que a crise na economia do país, na época, afetou principalmente a industria cinematográfica, com a extinção da Embrafilme e do Concine, que era a base da industria cinematográfica do país.
Escrito e dirigido por André Klotzel, a comédia satiriza as telenovelas brasileiras, utilizando do canastrão novelesco, anti herói e sempre galãzão José Mayer, sobrecarregado de clichês. Ao mesmo tempo, critica a exploração da Floresta Amazônia, em que eram mortos centenas de índios e ocorria o desmatamento das terras para dar lugar a novas indústrias.
Na trama José Mayer é Hugo Victor, um milionário dono de uma empresa que ficou responsável por um massacre de índios na década de 50. Ao mesmo tempo, ele é Ubiratan, o único sobrevivente da chacina que, na época, fora adotado pelo dono da empresa e que acabou herdando-a. Casou-se com a sua meia irmã, Diana (Marisa Orth), a quem todos pensavam que havia morrido em uma catástrofe de avião.
Elisa Medeiros, uma jovem reporter de um jornal, investiga o massacre cometido pela Jota Mineração na década de 50 e acaba descobrindo a verdadeira identidade de Hugo Victor. Ela fica encantada pelo milionário, e ambos vivem uma tórrida paixão. No entanto, Diana retorna e acaba com o plano de Elisa e Hugo, e planeja tomar a empresa de seu marido e meio irmão. Elisa acaba perdendo o seu amor, seu pai, seu emprego e seu apartamento, e se engaja na luta em defesa das terras indígenas.
O longa é carregado de nonsensismos e é propositalmente sensacionalista. Klotzel fez questão de deixar o filme completamente artificial. Que o longa nos diverte, sem sombra de dúvidas. Porém, tem algumas partes realmente indigestas.
Basta ao espectador assistir e tirar as suas próprias conclusões. Filme vencedor de melhor cenografia no festival de Brasília de 1993.