No mês em que se comemora o Dia Mundial de Combate ao Diabetes (14 de novembro), médicos de várias especialidades aproveitam o momento para relembrar os fatores de risco da doença, que atinge, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 327 milhões de pessoas ao redor do globo. No Brasil, mais de 13 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos sofrem com a disfunção. Os dados, da SBD (Sociedade Brasileira do Diabetes), vão além: estima-se que até 2045, mais de 45 milhões de brasileiros terão a patologia.
O diabetes
Níveis elevados de glicose no sangue devido a dificuldades na ação da insulina caracteriza o diabetes. De acordo com o dermatologista Bones Gonçalves Júnior, uma das manifestações mais comuns da doença pode ser observada na pele. “Coceira intensa no corpo é um dos primeiros indícios. Isso acontece devido aos efeitos da desidratação provocada pelo excesso de açúcar no organismo”, alerta.
Complicações dermatológicas e envelhecimento
Além do ressecamento e coceiras, a pele de quem tem diabetes mal controlada pode sofrer com outras complicações. Infecções por fungos ou bactérias, rachaduras, feridas e, em casos graves, a remoção de membros, são alguns exemplos. Para se ter uma ideia da gravidade, somente em 2017, mais de 12 mil amputações foram feitas no Brasil. “Essa situação é vista pela classe médica com muita atenção. Uma amputação, além de causar sequelas emocionais para o paciente, pode piorar sua qualidade de vida. No entanto, isso não deve ser a realidade da maioria. Mesmo tendo diabetes é possível viver bem, com os índices glicêmicos controlados. Tudo é uma questão de equilíbrio”, explica o dermatologista.
O especialista acrescenta que o excesso de açúcar também prejudica ativamente a aparência da pele. Um desses processos, conhecido como glicação, promove a perda de elasticidade e tonicidade do tecido. “O resultado é o surgimento de rugas, mudança no contorno facial, redução da capacidade de regeneração das células e flacidez. Nesse aspecto, um alerta é importante: mesmo que o indivíduo não tenha diabetes, o excesso de açúcar influencia ativamente no envelhecimento precoce da pele”.
Cultivando bons hábitos
Cuidar das taxas glicêmicas é o processo básico para evitar os demais efeitos colaterais do diabetes. Acompanhamento nutricional e médico, aliado a exercícios físicos são o pontapé inicial recomendado pelos especialistas da saúde. Com a pele, algumas medidas locais podem ser adotadas para amenizar o desconforto:
Hidratação com produtos corretos, desenvolvidos especialmente para quem tem diabetes;
Secar bem a pele após o banho e hidratar;
Evitar substâncias com álcool;
Não coçar e cuidar de ferimentos;
Não permanecer com suor no corpo devido a alta proliferação de microorganismos potencialmente nocivos.
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